Brasília – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou nesta quarta-feira seu programa de medição da velocidade da banda larga fixa, que contará com a colaboração dos usuários e terá os primeiros resultados divulgados em dezembro.

A expectativa do governo é que essa medição aumente a concorrência entre as teles, force uma potencial redução nos preços da Internet fixa e dê mais transparência para o usuário escolher os serviços que quer contratar.

“Precisamos dessa base de dados para atuarmos efetivamente” na fiscalizaçao, afirmou o conselheiro da Anatel, Jarbas Valente.

Segundo ele, houve muitas reclamações de usuários quanto aos serviços de banda larga fixa e as garantias das empresas de fornecer apenas 10 por cento da velocidade nominal contratada é muito baixa.

Serão avaliadas as principais empresas que possuem mais de 50 mil acessos de banda larga fixa –Oi, Net, Telefônica Brasil, GVT, CTBC Telecom, Embratel e Cabo Telecom.

“O plano para aferir qualidade da banda larga vai aumentar competição entre as empresas e com certeza vai ajudar usuário a se orientar e trabalhar melhor”, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em coletiva na sede da Anatel, em Brasília.

“Acredito que a tendência é diminuir mais os custos (ao usuário) e aumentar as velocidades (da Internet)”, disse o ministro.

A medida da Anatel acontece pouco depois de a agência ter bloqueado as vendas de TIM, Oi e Claro em diversos Estados por conta de qualidade considerada insatisfatória de serviços.

A medição da qualidade da banda larga fixa será feita todos os meses a partir de outubro pela Entidade Aferidora da Qualidade (EAQ) e permitirá que usuários voluntários de banda larga colaborem para isso.

A meta é que a velocidade média oferecida seja de 60 por cento no primeiro ano, 70 por cento nos próximos 12 meses e 80 por cento a partir daí.

Segundo Bernardo, a questão da velocidade da banda larga é importante e pode ser tratada em um possível leilão da frequência a 700 megahertz (mhz) para Internet móvel de quarta geração (4G).

“Na hora que for licitar o 700 mhz tem que colocar termos para velocidade ofertada”, afirmou, reafirmando o interesse de potencialmente fazer a licitação em 2013.

Fonte: Router – Quinta-feira, 30 de agosto de 2012 – 08h38